Conheça Varias Cidades Fantasmas Chinesas!
Não é isso que você imaginou, na China cidades inteiras, com conjuntos habitacionais imensos, maciços de escritórios, shoppings center gigantescos - vazias.
Bairros repletos de aranha-céus, centros comerciais maiores do que de Miami ou de Cingapura - e nenhuma pessoa dentro, nenhum movimento, nada.
Cidades fantasmas, que custaram centenas de bilhões de dólares.
Isto está acontecendo na China. Para manter alto o crescimento do PIB determinado pelas autoridades centrais do Partido Comunista, em Pequim, dirigentes provinciais e municipais mandam ver - e a maneira mais fácil de conseguir crescimento econômico, em números, é a construção civil.
Há, porém, um pequeno problema: os imóveis não têm demanda - são caros demais para o poder aquisitivo da maioria das pessoas. Sem contar que, volta e meia, são construídos em áreas obviamente inadequadas, como na zona rural, onde trabalhadores sobrevivem com rendimentos miseráveis.
Há um inacreditável, atordoante estoque de 64 milhões de moradias vazias. "Quando a bolha imobiliária chinesa estourar", diz o consultor britânico Gillen Tullock, baseado em Hong Kong, "a dos Estados Unidos vai parecer brincadeira".
Paradoxalmente, centenas de milhões de chineses moram em condições miseráveis.
Conheça algumas das cidades fantasmas do país:
Tianducheng
A nova cidade de Tianducheng em Hangzhou é, talvez, a mais conhecida das cidades-fantasma do país, com sua réplica da Torre Eiffel de quase 100 metros de altura dominando a paisagem. Na verdade, a maior parte desse luxuoso empreendimento imobiliário é uma imitação de Paris.
Kangbashi
Apelidada de "Dubai do norte da China", a nova cidade de Kangbashi é um braço que acabou saindo da periferia de Ordos, na Mongólia Central, em 2003. No início dos anos 2000 a região passou por um boom, por conta de seus valiosos depósitos minerais, e Kangbashi foi criada para proporcionar aos novos mineradores e caçadores de tesouros todos os confortos de uma cidade moderna. Porém, antes que as pessoas começassem a se mudar para a cidade, investidores e especuladores compraram lotes e complexos habitacionais na esperança de lucrar com aluguéis inflacionados quando os moradores chegassem. Mas os preços altos dos aluguéis, foram exatamente o que manteve afastados os possíveis migrantes. A cidade, originalmente criada para um milhão de habitantes, teve de reduzir sua infraestrutura e se preparar para abrigar apenas 300 mil pessoas. Atualmente, menos de 30 mil pessoas moram em Kangbashi.
Chenggong
Chenggong foi construída para abrigar a transbordante população de Kunming, a maior cidade da província de Yunnan, no sudoeste da China. Para todos os efeitos, Chenggong é uma cidade completamente funcional - exceto por não ter pessoas.
Toda a infraestrutura do distrito de expansão está pronta, incluindo escritórios do governo e duas universidades. Uma linha de metrô está sendo construída na cidade. Apesar da superlotação de Kunming - mais de 6,5 milhões de pessoas vivem lá -, em Chenggong existem mais de 100 mil apartamentos vagos desde a construção da cidade.
Estranhamente, os aluguéis de Chenggong não foram vítimas da especulação imobiliária e permanecem relativamente acessíveis, mas as pessoas simplesmente não querem se mudar para lá.
Chisneylandia
fonte: Veja/Abril